O ser humano caminha em direção ao seu EU Interior e este é o meu blog de busca. O meu "google" interior.
Escrevo com a liberdade de pensamento e sentimento do amor.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Eram apenas dois pingos...

Resolvi pintar minha sala e inovando, pintei uma das paredes de azul. Na continuidade da pintura, da parte branca, dois pingos não vistos a tempo de limpar respingou na minha parede azul. Limpei e no lugar ficaram duas marcas como se estivesse molhado permanentemente. Fato que ao passar e olhar começou a me incomodar. Eu passava e olhava as duas minúsculas marcas. E isso repetidas vezes.
Como decidimos pintar também de azul outra parte, arrisquei uma pincelada nas duas marquinhas, consegui transformar minhas duas minúsculas marquinhas em dois borrões um pouco maiores. Mais inconformada fiquei. Após o término da pintura resolvi novamente arriscar nova pintura no local, afinal, a tinta era a mesma... Pensei: vou passar o rodo em um pedaço maior, talvez após a secagem, irá ficar igual. Caso contrário, o jeito é pintar novamente toda a parede. Não é difícil de imaginar que, de duas minúsculas marquinhas, consegui a proeza de obter uma única marca desproporcional em tamanho e em diferença de tonalidade. Fiquei repetindo infinitas vezes: eram apenas dois pingos... E olhando para a parede, que agora necessita de nova pintura geral.

Foi quando me veio um ensinamento, uma reflexão sobre o acontecido.

Fazendo uma analogia à vida, inúmeras vezes temos um minúsculo problema e conseguimos fazê-lo tomar proporções enormes. Ou nos martirizamos com pensamentos intermináveis, cansativos ou conversamos com outras pessoas, sejam parentes ou amigos e, cada um tem a sua visão sobre as coisas, isso consegue fazer com que nosso problema aumente igual a minha minúscula marquinha, que nem notada seria por outras pessoas, como não o foi por minha irmã. Damos importância ao que, na verdade, não tem tanta importância assim. Que dirá então, dos traumas da infância, que ao longo dos anos vão se transformando em verdadeiros vilões da vida?
Precisamos refletir e identificar as nossas minúsculas marquinhas e olhá-las com amor e não transformá-las em borrões ou monstros enormes, que para sanar, nos fará desperdiçar muito mais tempo que o necessário depois.
E pensar que eram apenas dois pingos...

Nélia R.U.
18/03/2012

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